Flavia Malta
Flavia Malta
Me chamo Flávia Malta, descobri um câncer aos 32 anos, logo após o nascimento do meu primeiro filho, Magno. Foi um momento delicado ter um recém nascido em casa e lidar com o corpo após a maternidade.Realizei 6 ciclos de quimioterapia vermelha, sendo 3 dias consecutivos. Após 7 meses de tratamento, fiquei 2 meses internada e isolada para realizar um transplante de medula óssea. Então, veio a queda dos cabelos novamente, sendo essa, uma das minhas menores preocupações, visto que encarei a morte de frente! Divido minha história numa perspectiva de vida positiva e alegre no instagram (@prontaternidade).
Eu estava grávida do meu primeiro filho, Magno, quando descobri o câncer, aos 32 anos de idade.
Tive que lidar com as mudanças em meu corpo por conta da gestação e enfrentar o diagnóstico de uma doença. Estava prestes a enfrentar os maiores desafios da minha vida: cuidar do meu recém nascido e fazer o tratamento. Ao receber a notícia, em outubro de 2017, sobre o câncer agressivo no sistema linfático, tirei o medo do peito através das muitas lágrimas e junto com um amigo, gravei um vídeo dando a notícia para todos que conhecia! Queria gritar ao mundo o que estava acontecendo comigo para transmitir a importância da prevenção, pois isso aumenta as chances de cura de cada pessoa.
Comecei o tratamento realizando 6 ciclos com intervalo de 21 dias de quimioterapia vermelha, sendo que eram 3 dias seguidos de medicação. Depois disso, era a hora de realizar o transplante de medula óssea, onde passei 2 meses internada no hospital, sem ver meu bebê e as pessoas amadas. Passei novamente pela queda dos cabelos, sendo essa uma das minhas menores preocupações, visto que encarei a morte de frente.
Receber a notícia foi o momento mais delicado desse processo todo. Como sou uma pessoa muito positiva, tive a certeza de que não seria o câncer, mas ao ser afirmado da maneira rude com a qual o médico me informou, tive que aceitar. Precisei de um tempo para entender a situação e no que Deus queria de mim. Foi então que comecei a buscar formas “leves” de levar o tratamento e seus efeitos colaterais para que eu pudesse ajudar outras pessoas também.
Sou enfermeira e com uma linguagem popular busquei explicar todas as etapas e lições.
A família e os amigos foram essenciais para que eu conseguisse manter constantemente minha força emocional e psicológica. Foi nesse período me aproximei muito de Deus!
Hoje, aos 33 anos, tenho muitos efeitos colaterais residuais de todo este tratamento que fiz, mas tenho a alegria de tomar conta de cada um deles.
Deixo como recado que você tenha muita fé em Deus, quando a esperança acaba, Ele a mantém. Nunca abandone o tratamento, mesmo que apareçam tratamentos alternativos, pois eles são complementares para te ajudar. Se apegue em sua família e amigos, quebrando o orgulho de antigas discussões.
Esse é um momento que se precisa de paz e união! Se reconcilie. Foque em você e em sua cura, cuide de sua essência, ela precisa de você!
Você é bonito sempre, basta ter Deus dentro de ti que ele irá reluzir, iluminar.
A beleza vai muito além daquilo que os olhos conseguem ver.
Extraia sempre o melhor de ti e tudo de melhor virá para ti!